Hey! Tudo ok com vocês? Hoje eu trago uma resenha de um livro que fazia muito tempo que eu queria ler e faz mais de um mês que li e estou devendo resenha. Era páscoa e eu fui na Americanas comprar ovos quando vi o livro e levei por R$9,99, ele e Anjos e Demônios do Dan Brown (que eu ainda não terminei mas estou amando). Enfim, eu estou adorando essas ficções que envolvem mundos utópicos e como O Doador de Memórias se passa num lugar assim, e ainda meche com tempo, memórias, etc... Eu estava louca para ler.
Assim
como Jogos Vorazes, a história se passa na Terra num futuro bem distante. E
nessa época, onde Jonas vive, as pessoas não tem memórias de vidas passadas e
acabam não conhecendo certos sentimentos, e evitando o sofrimento. A sociedade
e o lugar onde eles vivem foram alterados para a perfeição. Onde não há mudança
de tempo, as pessoas não escolhem com quem vão ficar, os filhos não são
realmente de seus pais de criação, e os humanos não são livres para ter sua
própria escolha... Porque eles podem escolher errado. E também, o natural das
coisas, assim como a chuva, é banido da sociedade, porque o prático é
implantado, descartando tudo aquilo que pode causar algum tipo de acaso.
Quando
Jonas completa 12 anos, ele participa de uma cerimônia onde sua aquisição lhe é
dada, sua profissão. Todas as idades participam, recebendo privilégios ou
presentes que cada idade precisa, porém tudo isso acaba aos 12 anos, quando a
aquisição é recebida. Na cerimônia, Jonas é deixado por último e quando todos
notam o erro, a Anciã-Chefe revela que Jonas fora escolhido para ser o
Guardião, uma nobre honra. ‘Obrigada por sua infância’, é tudo o que a Anciã
diz, antes da visão de Jonas sobre o mundo nunca mais ser a mesma.
Na
realidade do livro, existe O Doador de Memórias, que a pessoa escolhida para
proteger todas as lembranças de gerações anteriores e apenas ele sabe da
verdade completa. Seu dever é passar tudo o que sabe para Jonas, todas as
memórias de seus antecedentes... Que
seria nós.
Pouco
a pouco, Jonas vai descobrindo coisas tão simples como o toque da chuva sobre a
pele e é interessante vê-lo descobrir detalhes e sentimentos que para nós é tão
comum. Mas também vai descobrindo o desespero de estar numa guerra, de morrer
de fome, a maldade de um mundo cruel... E assim a verdade sobre a sociedade
perfeita onde vive, vai se desmanchando.
O
livro tem apenas 185 páginas e o enredo é bem rápido, onde não existem cenas
avulsas, chegando quase a ser um livro técnico. E o que eu não gostei no O
Doador de Memórias é que ele não é narrado num estilo de aventura, como Percy
Jackson, por exemplo. Ele não tem um clímax, o que faz o livro quase cair na
mesmice, sendo que não há um mega objetivo para Jonas conquistar. Apenas no
final ele acaba tendo algo para lutar, quando ele resolve que quer trazer de
volta as lembranças para as pessoas, mas assim, ele teria que desaparecer.
Porém essa parte acontece nas páginas finais do livro, e você sente a falta de
um ritmo mais enérgico, onde exista conflitos e obstáculos para ele
ultrapassar. Mas isso não acontece. O livro tem muitas poucas páginas e você
começa a se perguntar se vai dar pra o autor contar a história toda em tão
poucas páginas.
A
história é uma crítica, sem dúvida alguma, á ciência de hoje em dia, que esta
avançando cada vez mais e faz com que você pense “aonde vamos parar?”. Até porque
a cada dia, nossos cientistas atuais vão desenvolvendo tecnologias que vão
aperfeiçoando e degradando o que temos de natural. É uma realidade que pode acontecer
daqui centenas de anos, talvez. E isso me faz imaginar gerações futuras. Isso
de acabar com o natural faz as pessoas caírem numa mesmice, sabe? Até porque “ser
perfeito é chato” – sei que não é esse o ditado haha. E eles não vêem as cores,
até porque não sentem nada e isso me deu uma aflição de imaginar o mundo em
preto e branco.
Aonde
eles vivem, os cidadãos são realmente tratados como robôs. Pois não podem ter
sentimentos, e Jonas, quando esta com seus 12 anos e acaba tendo um sonho aonde
sente desejo por uma amiga, e conta para seus pais, que detectam aquilo como “atiçamento”
e dizem que ele deve começar um tratamento, para bloquear aquilo. Ou seja, o
garoto ta passando pela puberdade e começa a sentir coisas pelas garotas, mas
isso é cortado por essas pílulas que bloqueiam esses “desejos/atiçamentos” e
outros tipos de sentimentos. O que faz com que o amor seja desconhecido. Uma
certa vez, Jonas pergunta para seus pais se eles o amam, e a resposta deles é
mecânica, o que é um pouco irritante, enquanto eles tenta explicar para o filho
o que sentem, usando “carinho” que é bem diferente de amor.
Jonas acaba tendo medo de escolher errado e eu
acabei percebendo que fazemos isso todo dia, e que sempre sentimos esse medo. E
ás vezes acabamos escolhendo errado, e eu não acho isso tão ruim. Porque penso
que aprendemos por nossas escolhas e experiências, e se fosse como no livro,
nunca aprenderíamos com nossos erros, sabe? Como Jonas acaba recebendo as
memórias do Doador, dá para perceber que o conhecimento vinha com a dor. Sabe
quando você um vídeo muito ruim, de alguém sendo morto ou algo assim? E aquilo
fica na sua cabeça? Essa dor que vinha com o conhecimento é tipo isso. Ele
também não podia falar pra ninguém sobre seu treinamento, o que me dava uma
certa aflição.
E
então chega o final. Gente, juro que nunca fiquei tão perplexa na minha vida!
Afinal... O QUE ACONTECEU? O fim do livro é mega desconcertante porque ele não
responde muitas perguntas, além de criar outras mil. E eu acredito que um certo
vilão aparece no final, mas aparentando ser bonzinho. Eu não posso falar sem
spoiler, mas só posso dizer que eu tenho vontade de tacar o livro pela janela,
tipo o Pat de O Lado Bom da Vida. O engraçado é que eu não sinto por nenhum
outro personagem, apenas por Jonas, porque nenhum laço entre ele e os outros
personagens é estabelecido.
Fiquei
sabendo que existe o segundo livro, que se chama A Escolhida, e ao que parece o
personagem principal não é Jonas e o livro acaba contando outra história dentro
do mesmo universo. E eu preciso ler, porque faz meses que eu li e até hoje
estou perplexa com aquele final.
Ano
passado, acho eu, foi lançado o filme e estou louca para ver, porque parece ser
melhor que o livro. E só pelo trailer dá para ver que tem muita coisa que no
livro não existe, e acho que nesse caso isso é muito bom. Porque como disse, O
Doador de Memórias não tem uma mega clímax então acho que o filme vai implantar
isso na estória.
Ah, vale acrescentar que no filme tem a participação da Taylor Swift, e no livro tem uma entrevista com ela, sobre sua participação. Ainda não vi o filme, então não posso dizer muito sobre.
Eu simplesmente amei o enredo do filme, que se envolve com memórias e tudo mais. Apenas não gostei do ritmo do livro e de como ele é guiado. Mas vale muito a pena ver. Super indico!
Bom, é isso. Não estou lendo nenhum livro ultimamente, apenas lutando para acabar Anjos & Demônios, e essa semana que vem tem resenha de Divergente aqui, pela Jessie. E se você quer saber mais sobre a entrevista com a autora de Betting Her (SIM!) clique aqui.
Ps. Agora o blog tem um instagraaaaaaaaaam. Esta esperando o que para seguir?
Fiquem beeeeeeeeeeeeem,
e até.
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